O Keane entrou no palco exatamente às 20:00. Tocaram quase o disco inteiro e mais duas músicas novas. Deu para perceber claramente que, com excessão de algumas pessoas, o público estava mesmo interessado no U2. O legal é que o Keane assumiu mesmo a postura de banda de abertura, anunciando cada música, pedindo a opinião do público sobre as músicas novas e realmente aquecendo o pessoal para Bono e cia. É impressionante como um tecladista consegue preencher ao vivo todos os espaços que supostamente poderiam existir com a ausência de guitarras e baixo. O som do Keane ao vivo é muito forte e as músicas funcionam muito bem. Até as que não são tão legais no disco, ficaram boas ao vivo. Obviamente os hits MTVescos levantaram a galera e apesar do desinteresse de algumas pessoas (o que pode atrapalhar bastante se você não está muito perto do palco), o saldo foi positivo.
Mais ou menos 40 minutos depois do final do show do Keane o U2 entrou no palco. Um show à parte foi ver a emoção da minha esposa, que é fã do U2 desde sempre e me ensinou a gostar da banda (confesso que até conhece-la eu só gostava do Achtung Baby). Não vou nem falar sobre o domínio do público que a banda tem, nem do som impecável da guitarra do Edge, pois isto é chover no molhado. O caso é que eu não tinha dado muita bola para o último disco, tipo assim, até que é bom mas prefiro o anterior. Pobre de mim, fui completamente nocauteado pelo poder das músicas novas. City of Blinding Lights abriu o show, seguida da Vertigo e seus efeitos de luz fantásticos, tentando simular os efeitos do vídeo. Dentre outras do disco novo, incluindo o final emocionante da Sometimes You Can't Make It On Your Own, eles tocaram alguns hits como I Still Haven´t Found What I´m Looking For e Where The Streets Have no Name. Depois da metade do show tivemos que sair das nossas cadeiras, pois tinha um guri de uns 18 anos que provavelmente estava ensaiando para o American Idol e por algum motivo achou que sua voz era mais legal que a do Bono. Algumas versões merecem destaque, como a de Miss Sarajevo, com piano e voz e uma tentativa ao mesmo tempo excelente e divertida do Bono “tenorizar” sua voz na parte originalmente cantada pelo Pavarotti. Outro destaque foi a versão de Stuck in a Moment, acústica quase até o final, quando a banda entra só para arrematar os que ainda sobraram. No final do show, depois do segundo bizz, a banda induz o público a cantar o coro de 40 e vai deixando o palco, um por um, até que quando tudo acaba e as luzes acendem, o público ainda está cantando, e forte, e sincronizado, e vai indo embora, deixando seus lugares, ainda cantando. É como se você estivesse acabado de jantar em um restaurante memorável e tivesse saindo do lugar com o resto do prato embrulhado, para comer em casa e lembrar de como foi bom.
10/11/2005 Madison Square Garden - New York, New York
City Of Blinding Lights, Vertigo / Rockaway Beach (trecho), Elevation, Out Of Control, I Still Haven't Found What I'm Looking For / In A Little While (trecho), Beautiful Day, Miracle Drug, Sometimes You Can't Make It On Your Own / The Black Hills of Dakota (trecho), Love And Peace Or Else, Sunday Bloody Sunday, Bullet The Blue Sky / The Hands That Built America (trecho) / When Johnny Comes Marching Home (trecho), Miss Sarajevo, Pride (In The Name Of Love), Where The Streets Have No Name, One / Ol' Man River (trecho) encores: The First Time, Stuck In A Moment You Can't Get Out Of, Fast Cars, With Or Without You / Shine Like Stars (trecho), All Because Of You, Crumbs From Your Table, 40
terça-feira, 11 de setembro de 2007
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